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sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Indústria inicia ofensiva antiemissões em 2010

SÃO PAULO - A indústria brasileira ignorou a falta de definições claras na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima, realizada em dezembro, e decidiu entrar em 2010 com estratégias definidas de redução de emissão de poluentes. A Braskem e a Danfoss são dois exemplos de companhias que adotaram políticas com esse fim. A Braskem, maior petroquímica da América Latina, tem a meta ambiciosa de tornar-se, até 2020, a empresa química de emissão menos intensa de gases causadores do efeito estufa (GEE) e para cumprir esse objetivo vai intensificar sua atuação antipoluição em 2010.

A companhia possui uma estratégia definida de investimentos em pesquisa e desenvolvimento de produtos de fontes renováveis, bem como de outras soluções que contribuam para a economia de baixo carbono.

Segundo a empresa, que esteve presente na COP-15 (como ficou conhecida a Conferência do Clima), a produção de ETBE (um bioaditivo para a gasolina) e do plástico verde (polietileno também derivado do etanol de cana-de-açúcar) "são resultados concretos que apontam nessa direção e também atendem aos objetivos de criação de valor da companhia, na medida em que são produtos cada vez mais demandados pelo mercado".

"A presença da Braskem na COP-15 também estava associada à necessidade de uma articulação mais abrangente entre setores produtivos, a sociedade em geral e o governo brasileiro no sentido de fazer prevalecer a posição soberana nacional que garantisse competitividade para o País e, seu desenvolvimento econômico, social e ambiental", afirma Jorge Soto, diretor de Desenvolvimento Sustentável da petroquímica.

A gradativa substituição ou a melhoria da eficiência do uso de combustíveis fósseis por energias renováveis é um dos principais pontos que a COP-15 pretendeu destacar como forma de auxiliar a redução do aquecimento global. O Japão, por exemplo, foi o primeiro país a importar o ETBE produzido pela Braskem no Polo Petroquímico de Camaçari através da Sojitz Corporation, depois de a medida ter sido definida no Protocolo de Kyoto. O acordo prevê o fornecimento de 120 mil toneladas do produto por três anos. Na Europa,quatro milhões de toneladas de ETBE já estão sendo comercializados anualmente.

No caso da Danfoss, multinacional dinamarquesa fabricante de diversos componentes industriais, já estão disponíveis no mercado soluções que causam menos impacto no meio ambiente e podem diminuir custos de produção. Segundo a empresa, o uso de 1,5 milhão de conversores de frequência produzidos por ela e instalados em diversas empresas e países resulta em uma redução de emissões de CO2 da ordem de 20 bilhões de toneladas. Com o uso desse equipamento, além da menor nível de emissão de gás carbônico, é possível reduzir custos operacionais por conta do melhor aproveitamento da energia consumida. A média de economia de energia de indústrias que adotam soluções da Danfoss fica entre 15 e 20%.

No setor de refrigeração, ar condicionado e climatização, principal negócio da Danfoss, outros registros notáveis foram verificados, como a economia de cinco bilhões de quilowatts-hora (kWh) com o uso de controladores de sistemas de refrigeração. A utilização de termostatos em salas permitiu cumprir 50% da meta de economia de energia determinada pelo Protocolo de Kyoto.

Levantamento
De acordo com Nelson Pereira dos Reis, diretor do Departamento de Meio Ambiente (DMA) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), 76% das empresas paulistas têm indicadores do consumo específico de energia, 98% têm programas de treinamento ambiental para seus funcionários, 56% têm programas de reflorestamento e 62% trabalham com redução do consumo de água. "São alguns dados para dar ideia do que o setor privado do Brasil já promove em relação aos cuidados com o meio ambiente", informa Reis.

Segundo ele, além da consciência dos empresários, as boas práticas ambientais têm aumentado por conta da exigência do consumidor que cada vez mais opta por produtos sustentáveis.

A principal prova, de acordo com a Fiesp, é que quase metade das corporações brasileiras (46%) só contratam fornecedores que utilizam procedimentos que fazem gestão ambiental. Além disso, 48% das empresas têm projetos para reduzir a emissão de gases de efeito estufa e 42% já utilizam fontes renováveis de energia. A política de gestão ambiental também ganha força na indústria catarinense. Uma pesquisa realizada pela Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc) mostra que 75% das empresas pesquisadas têm ações nesta área.

De acordo com a pesquisa, o principal motivo que leva as empresas de médio e grande porte a fazer gestão ambiental é a exigência da sociedade e dos clientes. Nas empresas de grande porte, este quesito foi apontado por 67,5% das participantes.

Fonte: DCI

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