Primeiro ônibus híbrido movido a hidrogênio produzido totalmente no Brasil, pela Coppe/UFRJ é apresentado. Com piso baixo, ar condicionado e autonomia para rodar até 300 km, o veículo preenche os padrões tecnológicos e sustentáveis que a Prefeitura deseja implantar na frota municipal de ônibus, já tendo em vista a Copa do Mundo de 2104, a Rio +20 e os Jogos Olímpicos de 2016.
Silencioso, confortável e com eficiência energética superior a dos ônibus convencionais a diesel, o ônibus híbrido não emite poluentes: o resíduo que sai de seu cano de descarga é apenas vapor d'água que, se condensado, serviria até para o consumo humano, garantem os pesquisadores do Laboratório de Hidrogênio, da Coppe. Perfeito para trafegar em grandes metrópoles, onde os engarrafamentos comprometem a qualidade do ar e promovem desperdício energético.
O ônibus híbrido a hidrogênio mostrou-se mais eficiente do que os similares produzidos em outros países, graças ao tipo de pilha a combustível e aos dispositivos para armazenamento e gerenciamento de energia. Um conjunto de baterias localizado no teto do veículo e carregado em tomada elétrica garante um terço da autonomia de 300 km. O restante vem da energia produzida a bordo pela pilha combustível alimentada a hidrogênio e pela regeneração da energia cinética adquirida a partir da movimentação do ônibus. A disposição dos equipamentos a bordo permitiu uma redução do peso do veículo, garantindo mais espaço para os passageiros, além da acessibilidade a portadores de necessidades especiais.
O projeto, contam seus idealizadores, incorporou contribuições da indústria nacional, o que acelerou a elaboração do protótipo. Com essa iniciativa, o Brasil passa a integrar o seleto grupo de países que se prepara para ingressar na nascente economia do hidrogênio, a fonte energética limpa que poderá desempenhar no século 21 o mesmo papel exercido pelo petróleo no século passado.
Fonte: O Dia
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